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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Chegamos na Oceania

A viagem na Nova Zelandia foi bem diferente da viagem que fizemos na China e no Japao, uma vez que recuperamos nossa independência na comunicação devido ao idioma.

Apesar de ser termos feito um roteiro padrão por lá, por varias vezes ficava a impressão de que estávamos conhecendo lugares que nunca nenhum turista havia estado, de tão diferente e muitas vezes inóspitos.

É inverno na Nova Zelandia. Nas principais cidades, a temperatura ficou entre 0° C e 7° C. Nas montanhas chegamos a -5° C, com direito a muita neve. Em Christchurch, “escolhemos” experimentar -18° C (idéia estúpida...).

O inglês local possui uma pronúncia absolutamente particular, uma mistura dos “ingleses” falados na Grã-Bretanha....A moeda local, o Dólar Neo-Zelandes é equivalente ao de Cingapura: US$ 1,00 = NZD = 1,40.  

A partir de agora faremos uma espécie de diário de bordo, dia a dia, para que possamos mostrar as paisagens mais bonitas que já vimos....que, por muitas vezes, chegam a ser mais bonitas que o Brasil...

Só para localizá-los, todos sabem a que a Nova Zelândia fica perto da Austrália, mas vamos a algumas referências geográficas:
- Apesar de perto da Austrália, a distancia entre os países de 2.100 km....é longe. É mais longe do que a distancia entre São Paulo e Salvador (1.950 km).
- É bem para o sul. Fica um pouco acima da latitude da Patagônia.
 Vejam o mapa:


Por recomendação de amigos e agências de turismo, percorremos a Nova Zelândia de carro e trem, e com isso rodamos aproximadamente 2.600 km. Vejam nosso roteiro:



Licença Poetica: "Nova Zelândia na Ásia"

Logo depois do caldeirão da China (43 graus), fomos para o forno do Japão (38 graus). O que não sabíamos é que a geladeira da Nova Zelândia (minima de -18 graus...como isso??) nos esperava com temperatura alvo em "Antartica".

Resolvemos fazer uma "inversão térmica" (não a paulistana...): vamos inverter a ordem dos posts e colocaremos Nova Zelândia antes do Japão.

Além disso, usaremos o poder da licença poética para incluir a Oceania no Aqui na Ásia, ok?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Os novos tempos da China

Enfim, a China é espetacular. Pessoas absolutamente humildes e acolhedoras , que se esforçam para entender os turistas e são muito prestativas. 
Como a nova geração desses 1,4 bilhões de chineses está falando outros idiomas e se expondo muito mais ao mundo, a inevitável convergência cultural deverá tornar este país muito mais atrativo para o Ocidente, o que pode eventualmente ser uma pena, pois um dos grandes valores de uma viagem para este país está justamente nesta grande diferença cultural. 

Próximo destino: Japão


Hong Kong: última parada



Depois de 2 dias pacatos em Guilin, fomos para Guangzhou. Esta é uma cidade nada turística, bastante direcionada para negócios. Possui uma população de 12 milhões de habitantes e literalmente milhares de fábricas (!). 85% da exportação da China sai de lá (sabem aquelas etiquetas “made-in-china”? 85% de chance de ter sido fabricado em Guangzhou).  É nesta cidade que tem ocorrido aqueles suicidos de funcionários das fábricas...os caras trabalham 12 horas por dia, 29 dias por mês e ganham muito pouco...só agora, em pleno ano de 2010, é que eles estão começando a pensar em mobilizações trabalhistas...

Aqui voltamos a ouvir falar do Sr. Mao, mas de um outro ponto de vista. Como esta região acolhia grande parte da riqueza no inicio dos anos 1900, eles encaram o Mao como “o homem que dividiu a riqueza de alguns entre todos”. Além disso, são muito mais capitalistas por natureza do que o pessoal do norte do pais. Enfim, uma cidade “turisticamente” pouco interessante, mas serviu de ponto de partida para Hong-Kong.

Hong Kong é o que os chineses chamam de SAR (Special Administrative Region). Esta cidade pertenceu a Inglaterra até 1997 e depois voltou a ser posse da China. Tem moeda própria, não há censura na comunicação...é como um “pais normal” dentro da estranha China (Macau – uma”Las Vegas” do Oriente - funciona da mesma maneira, só que pertencia aos portugueses e voltou para a China 1999). Agora Hong-Kong tem 50 anos para aderir plenamente as regras chinesas. Como fora colônia inglesa, aqui todos falam inglês e tudo muito é organizado.

Apesar de Hong-Kong ter um leve look de Rio de Janeiro, prédios misturados com praias e montanhas rochosas........aqui sim lembra uma grande Chinatown! É uma região pequena, na qual o principal atrativo turístico é “shop-until-you-die”. A maioria dos produtos são isentos de impostos, logo, são entre 10% e 20% mais baratos do que nos EUA, por exemplo.

Nossa programação foi bem básica: tour de meio-dia para conhecer a cidade, passeio de barco a noite para ver um show de luzes que os arranha-céus promovem e por fim, shoppings......que são vários.... Acho que em quantidade de lojas e shoppings, Hong Kong só não ganha de Cingapura, onde o número de shoppings é diretamente proporcional a quantidade de metros caminhado....não acabam....

Vejam o que registramos de Hong Kong:



sábado, 21 de agosto de 2010

Comentários - agora sim

Para aqueles que mandaram email reclamando da dificuldade de incluir comentários, realmente era necessário criar um ID....
Agora excluímos esta parte do processo, é só comentar!

A China como imaginamos

Depois um banho urbano em Shanghai, cheio de facilidades, conforto e totalmente ocidentalizado, partimos sentido o sudoeste da China e chegamos em Guilin. Uma pequena cidade (650 mil habitantes) aconchegante, e de forte turismo interno. Segundo as estatísticas do país, 90% dos turistas que viajam pela China são chineses. Em Guilin, esse número chega a 98%, logo, NINGUÉM fala inglês (exceto nos hotéis bem estrelados).
Só para ilustrar o tamanho da dificuldade, para comprarmos líquido para lente de contato, demoramos 40 minutos: entramos numa loja de roupas e, com mímica, indicamos que estávamos com dor de cabeça; daí a vendedora saiu da loja e nos levou numa farmácia, lá rodamos uns 10 minutos, pois era tudo em chinês...A Le teve que tirar a lente dos olhos para que eles entendessem o que queríamos...uma diversão...
Vejam a “cara” da cidade:


Guilin não é uma cidade de eventos históricos nem de templos, e sim de paisagens naturais muito bonitas. No primeiro dia na cidade fizemos um passeio de barco noturno e visitamos umas cavernas. No dia seguinte fizemos um cruzeiro pelo Rio Li, alias, recentemente (2006) Hollywood pousou em Guilin para filmar o “Despertar de uma paixão”, alguém viu?  


cena do filme





sexta-feira, 20 de agosto de 2010

OK...OK...

Nos perguntaram se as fotos do hotel de Cingapura são nossas....
Resposta: Nãããoooo....Essas vieram de um email enviado por nosso amigo carioca Naaannndo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

2 respostas

Recebemos alguns emails e comentários e a maioria trazia 2 perguntas:

1)  "Essas fotos são de vocês?" ou "Vocês que tiraram essas fotos?" ou "De onde vcs baixam essas fotos?"





Todas as fotos são nossas. A Le fez um curso de fotografia, compartilhou o conteúdo na integra comigo e finalmente compramos uma máquina decente, vejam a cara dela









2) Vocês não vão postar fotos de vocês não?

Eu estava esquecendo deste detalhe. Abaixo vejam fotos nossas de Beijing ate Shanghai. A partir de Guilin “incorporaremos esta pratica” nos posts das próprias cidades.


Beijing:
Nossa primeira foto na China, na praça Tian an Men Square, calor próximo aos 40°c






Beijing
Eu queria uma foto minha, mas meu amigo chines não deixou de jeito nenhum...




Beijing
Dá para acreditar que é bom??







Beijing
Le na Muralha da China




Beijing
Bairro Tradicional local, longe das construções modernas e mais próximo da China que imaginamos..






Beijing
"Auto-retrato" no Templo do Céu




Beijing
Passeio de barco no Palácio de Verão dos Imperadores da China










Beijing
Ninho de Pássaro










Shanghai
Surpresa logo de cara, muita luz e modernidade












Shanghai
43°C estampados em nosso suor...





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terça-feira, 17 de agosto de 2010

"Os Amigos de Leticia"

Curiosos. Os chineses são muito curiosos. Principalmente com as pessoas diferentes. Neste caso, NÓS. Os ocidentais despertam uma certa curiosidade nos chineses que chega a ser engraçado. De repente você olha para o lado, tem um chinês te observando, sem nenhuma cerimônia.
Nós já tínhamos ouvido falar que eles pedem para tirar foto com os ocidentais, mas tenho certeza que com a Leticia foi diferente. Sem brincadeira, mais de 20 pessoas, em 15 dias de China, pediram para tirar foto com ela. Geralmente, uma família inteira “empurrava” a filha mais nova para tirar foto com a Le. As vezes, eram os adultos mesmos.
Vejam abaixo fotos de alguns poucos momentos nos quais eu consegui registrar a tal curiosidade pelo Ocidente.

sábado, 14 de agosto de 2010

A cidade do futuro

Depois de Xi’an veio a grande surpresa da viagem...Qual é a idéia que vocês tem sobre Shangai? Não tínhamos grandes expectativas, imaginávamos uma Chinatown em escala colossal, caótica e palco de vários filmes do Jackie Chan......pura ignorância.



Certamente Shanghai esta entre os centros urbanos mais bonitos do mundo. Construções ultra-modernas, ruas novas, limpas e largas, incontáveis viadutos, infra-estrutura de primeiro-mundo, praças, parques enormes cheios de arvores e templos. Prédios que figuram entre os mais altos do mundo, ótimos restaurantes, lojas gigantes (no mais estilo americano “Mega-Store”) da Ferrari, Louis Vitton, Prada, Cartier, Giorgio Armani e por ai vai. Fomos até surpreendidos por um show ao vivo de jazz numa praça local, sendo apreciado por centenas de chineses....(Organização? Comida excelente? Limpeza? Jazz? Certamente nada disso estava dentro das nossas expectativas...).



Os chineses de todo o pais dizem: “se você quiser conhecer a história e o passado da China, vá para Xi’an; se quiser conhecer o presente, vá para Beijing; agora, se quiser conhecer o futuro deste pais, visite Shanghai”... Todos falam isso cheios de orgulho e certos de não há nada igual no mundo a Shanghai... e neste ponto nós concordamos, considerando as metrópoles que conhecemos até hoje, não há nada igual.
Tem até um trem magnético que coloca o trem bala japonês no chinelo, chegando a 431 km/h (os vizinhos do Japão chegam a 300 km/h).


Enquanto os chineses usam o trem no seu dia-a-dia, vimos centenas de turistas curtindo o trem como se fosse uma atração de parque de diversões.
Shanghai está sediando a World Expo 2010, um feira que ocorre de tempos em tempos na qual vários países montam stands enormes (não pensem em stand do Salão de Automóveis do Anhembi, cada stand é um prédio) para mostrar sua cultura, suas características, pontos turísticos e por ai vai. Tudo isso numa área interligadas por ruas, inclusive com uma rede de ônibus para levar de um “pais” a outro...coisa de outro mundo...Segundo os guias locais, a cidade esta mais cheia e mais cara que o normal devido a essa feira, que dura 6 meses. Esta edição da feira conta com 190 países e ocupa 5 km² (só para se ter uma idéia, o Parque Ibirapuera ocupa 1,5 km²....). A feira recebe em torno de 350 mil visitantes por dia. Nós infelizmente não conseguimos visitar o evento pois estava impossível conseguir ingressos (filas de 3 horas somente para comprá-los).

Indicação de hotel em Cingapura

Aos amigos que desejam nos visitar em Cingapura, Já temos uma indicação de hotel. Não sei quanto as acomodações, mas parece que o café da manha é ótimo, e vai até as 11:30hs.
Nando, valeu pela dica!

"Se você quer curtir um mergulho nessa piscina, você vai precisar gostar de altura... é no 55º andar!
Mas, nadar na borda não é tão arriscado quanto parece. Enquanto a água da piscina “infinita” parece terminar em um despenhadeiro, na verdade ela escorre para uma espécie de canal, de onde é bombeada de volta para a piscina principal. Tem três vezes o tamanho de uma piscina olímpica (150 metros de comprimento), é a maior piscina do mundo ao ar livre, nessas alturas.
Foi feita no impressionante "Skypark", um espaço de lazer em forma de barco, empoleirado sobre as três torres que compõem o hotel mais caro do mundo, que custou a bagatela de 4 bilhões de libras esterlinas (quase inimaginável o número de zeros à direita em reais...), é o Marina Bay Sands, na cidade de Cingapura."







terça-feira, 10 de agosto de 2010

Os Soldados de Terracota

Depois de Beijing embarcamos para Xi’an, uma espécie de Roma aqui da China. Já foi capital do pais em várias dinastias e hoje uma é uma cidade “pequena”, com 8 milhões de habitantes. Uma cidade bastante turística onde se alternam prédios modernos com construções históricas (+muralhas, templos, etc.). Mesmo com toda essa riqueza, os turistas na realidade vão para lá em busca dos Soldados de Xi’an, o famoso Exército de Terracota. Uma ínfima parte deste exército já rodou o mundo fazendo exposições (inclusive em São Paulo, em 2003, na Oca do Ibirapuera).

Em Xi’an o exército se encontra próximo ao mausoléu do Imperador Qin, o primeiro e modesto imperador da China. Este senhor ordenou que esse exército fosse construído para “tomar conta” de sua tumba...os soldados (+ de 6.000) tem roupas, cabelos e tamanhos diferentes.

É interessante perceber o cuidado que chineses tem com suas antiguidades. Neste caso, eles construíram estruturas metálicas (3ª foto) de grandíssimo porte para proteger as áreas de escavação.

sábado, 7 de agosto de 2010

A China do Mao

Chegamos na China pelo norte...mas que calor infernal! Passamos por 39°, mas com a unidade, a sensação térmica chegava a 43°. Basta sair do ar condicionado, contar 4 minutos, e já estávamos molhados...uma sauna. Sabíamos que os melhores meses para se visitar a China são set/out/nov, mas não tivemos opção de férias para este período. Conforme rumamos sentido sul, a temperatura foi ficando mais “amena”, na faixa dos 34°.


Nosso roteiro:


Começamos a viagem por Beijing (Pequim é um nome que os ocidentais criaram para facilitar a pronuncia, mas o nome sempre foi Beijing), a capital do pais com uma população de 14 milhões de habitantes e com uma impressionante (e absolutamente perceptível) frota de veículos de XX milhões de carros.
Esse crescimento de frota foi rápido e cuidadosamente acompanhado por um caminhão de investimentos em infra-estrutura, e com isso as ruas são imensas (imaginem várias marginais dentro de uma cidade, com 5 faixas em cada sentido....).
Emaranhado neste ambiente urbano moderno é que pudemos ver as principais atrações históricas, culturais, esportivas e comerciais de toda a China.
Aqui em Beijing está o trecho mais visitado da Grande Muralha da China, a Cidade Proibida, o Templo do Céu, o Palácio de Verão dos Imperadores e as tumbas da dinastia Ming. Além disso, é aqui que se pode comer aquelas comidas bizarras: escorpião, cavalo marinho, insetos, etc.

Tian’an Men Square: é nesta praça na qual se encontra a entrada para a Cidade Proibida, que nada mais é do que um Palácio Imperial que acomodou várias dinastias chinesas. E lá no fundo, o quadro de Mao...

Muralha da China: é uma construção gigante, de mais de 6.000 km de extensão (um pouco maior do que a distancia entre Porto Alegre, RS e Boa Vista, RR), que tinha o propósito de proteger o Império Chines de invasores em geral, mongóis, etc. Segundo os guias locais, uma muralha enorme, que custou muito dinheiro e muitas vidas, e que não foi muito eficaz para a proteção da China. Hoje, existem vários trechos da muralha pela China, mas em Beijing esta o mais popular.

Essa rua de comidas estranhas é bem turística, com vários insetos e órgãos de animais terrestres e marinhos, tudo exposto ao ar livre...imaginem o cheiro...Provamos o escorpião que é surpreendentemente comestível. Se alguém fizesse como tira-gosto num churrasco ai no Brasil, tenho certeza que faria sucesso.

Em Beijing ouvimos muito falar no Sr. Mao Tse Tung. Este senhor criou a Republica Popular da China em 1949 e liderou o pais até 1976. Sua gestão foi bastante controversa, sendo amplamente criticada pelo ocidente e admirada por uma parte importante dos chineses. Conversamos com alguns poucos english-speakers (alguns taxistas, guias locais, funcionários dos hotéis) que eventualmente não se incomodavam em falar sobre temas sensíveis (muitos preferem não dar opinião sobre o governo) e todos se mostraram simpáticos ao Mao. Mesmo sabendo que muitas coisas foram feitas da maneira errada (seja pelo desastroso programa de incentivo a agricultura e a industrialização ou pelo atraso cultural-tecnológico nas décadas de 60-70), a conseqüência foi uma boa preparação para um forte crescimento e uma gradual abertura econômica para o mundo. A maior discussão por aqui fica na velocidade da abertura, mas de qualquer maneira ninguém nega que talvez essa lentidão seja adequada para uma formação econômica mais estruturada. Na China, o governo se diz “socialista”, a caminho do “comunismo”. Mas a impressão que ficou é que as pessoas não acreditam muito nisso e sim numa futura aceitação do capitalismo pleno (...só se for ideológico, porque na prática, o capitalismo está mais do que disseminado).